Pois é, aí apareceu a Lilica. Eu sempre dizia que não fui eu que peguei a Lilica pra criar, foi ela quem nos adotou. Primeiro vinha nos visitar, chegava de manhã, e voltava pra casa dela a tardinha. Depois que a Mônica, nossa filha casou, que Lilica foi para a casa dela, parece que a Lilica ficou mais próxima ainda. Até que ela ficou praticamente em definitivo. E era uma companheira. Quando eu acordava e abria a porta da cozinha, lá estava ela, abanando o rabo simpática. Quando chegava em casa, era só ouvir o barulho do carro que a carinha dela aparecia lá nos fundos nos olhando. E ela sabia ser simpática, ficava feliz e demonstrava isso. As caminhadas eram algo à parte. Era só a Lilica me ver de bermuda e tênis que ela rodopiava literalmente. Era muito engraçado ver a empolgação dela.
E as bolachas? Ah, como gostava de comer bolachinhas. Era só ouvir o crocante das bolachas Lilica já estava na porta. Pão com melado molhado no café: até essa mania ela pegou. Na hora que o pessoal aqui do escritório ia tomar café, Lilica entrava na fila também: já ficava do lado de fora na porta esperando a porção dela.
Pois é, na quinta-feira da semana passada Lilica foi atropelada..... hoje no começo da tarde ela deu seu último suspiro. Fizemos o que pudemos para que ela se recuperasse, mas não deu. Não teve jeito. Fizemos o que pudemos para salvá-la mas não teve jeito.
Ficaram as recordações, lembranças, a sensação de que Lilica vai aparecer na porta ou olhar do cantinho da casa quando a gente chega. Nunca pensei que ia sentir tanta falta dum animalzinho de estimação, mas Lilica deixou saudades.....
Um comentário:
Já senti esse tipo de perda duas vezes... O Kito e a Nina. Nos dois casos foi atropelamento, também.
Esses bichinhos nunca saem da memória.
Lamento sua perda.
Eloir.
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